Dia Nacional de Combate ao Câncer promove reflexão sobre o câncer infantojuvenil

Diagnóstico precoce do câncer infantojuvenil é o desafio para o tratamento da doença

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 Qua, 27/11/13 - Nessa quarta-feira (27) é comemorado o Dia Nacional de Combate ao câncer, criada para alertar a sociedade enquanto aos aspectos educativos e sociais no controle do Câncer, a data se junta à campanha “Novembro Dourado”, que promove durante todo o mês o debate e a conscientização sobre a importância do diagnóstico precoce do câncer infantojuvenil.

A probabilidade de cura do câncer infanjuvenil, se descoberto inicialmente, chega a 70% dos casos, diminuindo a agressividade do tratamento e os números de possíveis sequelas. Os tumores renais correspondem cerca de 10% dos tumores pediátricos e o tumor de Wilms representa 95% destas neoplasias. “A sobrevida deste tumor mudou radicalmente nas ultimas décadas, saltando de 34% nos anos 70, para acima de 80% nos dias de hoje, utilizando-se de tratamento multidisciplinar e campanhas educativas para diagnóstico precoce do tumor”, comenta o patologista e membro da Sociedade Brasileira de Patologia (SBP), Dr. Ricardo Artigiani Neto.

Um dos grandes desafios do câncer infantojuvenil é o diagnóstico precoce da doença, “Na criança dificilmente observamos a presença de lesões pré-malignas. Neste grupo etário usualmente o diagnóstico se faz com o câncer já instalado. O câncer infantil se trata de um grupo muito heterogêneo de tumores, que se originam desde o Sistema Nervoso Central, até tumores hematológicos, ósseos e viscerais. Esta grande variação de localização e a diversidade de tumores prejudicam e muito métodos de detecção precoce”, disse o médico.

Segundo Neto, ficar atento aos sinais do corpo da criança é uma das principais formas de ajudar no diagnóstico da doença no estágio inicial. “O que se deve fazer é observar alterações clínicas que indiquem o mais precocemente a existência destes tumores”, comenta. As leucemias, linfomas e tumores do sistema nervoso central constituem os tipos de cânceres mais comuns entre crianças e adolescentes. “Nos tumores do Sistema Nervoso Central, por exemplo, os pacientes mais jovens podem ter seu atraso diagnóstico justificado pela incapacidade da criança em descrever sintomas como cefaleia ou alterações visuais. Os sintomas inespecíficos podem confundir o quadro clínico e contribuir para o atraso do diagnóstico”, ressalta o patologista.

O patologista possui papel fundamenta na descoberta do câncer. “Os patologistas são determinantes no diagnóstico definitivo destas doenças. Participam neste na determinação exata do seu diagnostico, estabelecem subtipos prognósticos e pesquisando na amostra tecidual retirada marcadores relacionados a tratamento e prognóstico”, finaliza o Dr. Ricardo Artigiani Neto. 

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