Pesquisa revela que maioria dos passageiros não usa cinto no banco traseiro em rodovias

Agência lança campanha para estimular uso de cinto de segurança no banco traseiro;
69,4% dos passageiros de bancos traseiros que morreram em acidentes nas
rodovias não usavam cinto de segurança

Catanduva, 10 de janeiro de 2015. Os usuários das rodovias paulistas sob concessão ainda resistem a utilizar o cinto de segurança, principalmente passageiros que ocupam os bancos traseiros. Pesquisa realizada pela ARTESP (Agência de Transporte do Estado de São Paulo) em dezembro mostra que 53% dos passageiros no banco traseiro não utilizam esse dispositivo de segurança que salva vidas. 

O levantamento, feito nos 6,4 mil quilômetros (45 rodovias) do Programa de Concessões Rodoviárias do Estado de São Paulo, revela ainda que 15% dos passageiros no banco da frente também não usam o cinto e 13% dos motoristas trafegam sem o equipamento.

Quando considerados apenas os caminhões, o percentual de passageiros do banco dianteiro sem cinto aumenta para 34%. Entre os motoristas de caminhão o uso do cinto foi de apenas 76% contra 91% dos motoristas de veículos de passeio. De uma forma geral, observa-se que tanto os condutores quanto os passageiros de caminhão são mais relapsos no uso do cinto que usuários de automóveis e veículos utilitários.

O levantamento foi realizado entre os dias 1 e 7 de dezembro, nos períodos da manhã, tarde e noite. Foram contabilizados dados de ocupantes de automóveis e caminhões que passavam pelas praças de pedágio, num total de 19.037 veículos pesquisados.

Dados sobre a quantidade de vítimas de acidentes nas rodovias sob concessão que não usavam cinto de segurança apontam para a necessidade de constantes campanhas de conscientização dos motoristas e passageiros. De 2012 até outubro de 2014, 69,4% dos passageiros de bancos traseiros que morreram em acidentes nas rodovias estavam sem cinto de segurança. As vítimas fatais no banco da frente de passageiro sem cinto chegam a 38,4% e 50,1% dos motoristas.

A região do Estado com maior índice de passageiros sem cinto no banco traseiro é Barretos, com 62% de ocorrências, seguido da região de Presidente Prudente e Santos que aparecem empatadas com 60%. Abaixo, o mapa que aponta o percentual de passageiros do banco traseiro observados sem cinto de segurança na malha rodoviária sob concessão do Estado:

Campanha

Para ressaltar a importância do cinto de segurança pelos motoristas e passageiros, inclusive no banco traseiro, a ARTESP iniciou uma campanha publicitária mostrando as desculpas dos usuários para não utilizar o cinto de segurança no banco de trás. A campanha está sendo veiculada na televisão, nas rádios e na internet, além de contar com ações como distribuição de panfletos e colocação de faixas nas rodovias. 

As ações se estenderão até o mês de junho. Também como parte do programa será instalado um simulador de impacto na Arena Tribuna, em Santos. O equipamento, que poderá ser utilizado pelos turistas que visitarem o local entre os dias 10 de janeiro e 1º de fevereiro, simula uma batida de carro.

O filme da campanha publicitária destaca que o motorista tem várias desculpas para não usar o cinto de segurança no banco de trás como “a gente vai só até a cidade aqui do lado” ou a ideia equivocada de que “qualquer coisa o banco da frente protege”. Mas também alerta para uma importante razão para usar o cinto: “sua vida e a vida de quem você ama”. A campanha, que será veiculada em todo o Estado nos intervalos comerciais de emissoras de televisão e em spots de rádio, termina com a mensagem: “Usar o cinto de segurança no banco de trás é obrigatório por le i e pode salvar sua vida”. Veja o vídeo da campanha no link http://youtu.be/xQ5q5oCyvAc.

A campanha também está sendo veiculado no aplicativo de trânsito “Waze”. Além disso, foram instaladas 94 faixas nas rodovias chamando atenção para o uso do cinto e estão sendo distribuídos mais de um milhão de folders nas praças de pedágio. Os painéis eletrônicos de mensagem instalados nas rodovias também estão reforçando a adoção do hábito de usar o cinto.  

Importante lembrar que a não utilização do cinto de segurança é considerada infração grave pelo Código de Trânsito Brasileiro (artigo 65), e rende multa de R$ 127,69 por passageiro sem cinto, além de cinco pontos na carteira de habilitação. 

As autuações para quem não usa o dispositivo, feitas pela Polícia Militar Rodoviária em São Paulo, vem crescendo. Em 2012 (de abril a dezembro) foram lavradas 99.520 multas. Nos ano de 2013 as multas subiram para 125.072. E de janeiro a outubro de 2014 esse número já chegou a 179.916 autuações.

Foto: Divulgação/Reprodução