Ceratocone pode ser tratado através de técnica conhecida por Cross-linking
Doença que afeta uma em cada duas mil pessoas no Brasil, o ceratocone pode ser definido, de forma geral, como uma deformação da córnea, provocando a percepção de imagens distorcidas, bem parecida com os sintomas de astigmatismo. É uma condição na qual o estroma corneano apresenta baixa rigidez, tornando-se mais elástico e fino, permitindo a formação de uma área abaulada mais protusa, com consequente irregularidade da curvatura corneana, ou seja, a córnea se fina e muda de forma, assumindo a forma de um cone. Isto afeta a maneira com que a luz entra no olho e chega à retina, alterando e distorcendo a visão. Em 10% dos casos, um transplante de córnea é a única solução, restando ao paciente entrar na fila de espera por uma doação. Além disso, se não tratada, pode levar à cegueira,
Contudo, um tratamento que tem sido difundido e utilizado em pacientes que possuem condições para isso é o Cross-linking. Segundo o médico oftalmologista Dr. Thiago Pardo Pizarro, o cross-linking não representa a cura definitiva do ceratocone, mas tem o objetivo de deter a progressão do mesmo e, com isto, conter a deterioração da visão e evitar a necessidade de um transplante. “O cross-linking refaz as ligações de colágeno da córnea, proporcionando um enrijecimento do tecido corneano e, consequentemente, a estabilização da doença, pois reduz significativamente a elasticidade e aumenta a resistência biomecânica do tecido. Com isso, a dificuldade na percepção das imagens passa a ser melhor”, explica.
O cross-linking do colágeno corneano é um procedimento que aumenta a rigidez corneana em até três vezes e pode estabilizar o ceratocone em mais de 90% dos casos. Também é indicado para casos de ectasia, que pode ocorrer em pacientes com ou sem evidência clínica pré-existente de ceratocone e pós-Lasik. “O ceratocone acomete pacientes, geralmente na puberdade, com evolução até 35 a 40 anos, quando, na maioria dos casos, ocorre uma estabilização espontânea da alteração. O diagnóstico da doença é feito através de exames, durante a consulta de rotina, ou quando a pessoa já apresenta os sintomas e procura um médico. Por isso a visita regular ao oftalmologista é importante, pois podemos detectá-la logo no início, aumentando as chances de tratamento e recuperação da visão”, destaca.
O cross-linking Iroc de 10 minutos é um dos procedimentos mais recentes no mercado e tem revolucionado o tratamento de ceratocone e ectasia de córnea. “O procedimento é rápido e indolor, com utilização de anestesia utópica. Como resultados, temos a recuperação mais rápida do epitélio e melhora da acuidade visual. Porém é importante salientar que este tratamento é indicado para quem tem boa qualidade refrativa, quando a doença ainda não avançou para quadros mais graves; nos demais casos, o transplante de córnea ou implantação de anel intraestromal são mais indicados”, completa.
Visite regularmente seu oftalmologista e faça os exames de rotina, visando proteger e cuidar da sua saúde ocular.
Por Daniela Martins
Contudo, um tratamento que tem sido difundido e utilizado em pacientes que possuem condições para isso é o Cross-linking. Segundo o médico oftalmologista Dr. Thiago Pardo Pizarro, o cross-linking não representa a cura definitiva do ceratocone, mas tem o objetivo de deter a progressão do mesmo e, com isto, conter a deterioração da visão e evitar a necessidade de um transplante. “O cross-linking refaz as ligações de colágeno da córnea, proporcionando um enrijecimento do tecido corneano e, consequentemente, a estabilização da doença, pois reduz significativamente a elasticidade e aumenta a resistência biomecânica do tecido. Com isso, a dificuldade na percepção das imagens passa a ser melhor”, explica.
O cross-linking do colágeno corneano é um procedimento que aumenta a rigidez corneana em até três vezes e pode estabilizar o ceratocone em mais de 90% dos casos. Também é indicado para casos de ectasia, que pode ocorrer em pacientes com ou sem evidência clínica pré-existente de ceratocone e pós-Lasik. “O ceratocone acomete pacientes, geralmente na puberdade, com evolução até 35 a 40 anos, quando, na maioria dos casos, ocorre uma estabilização espontânea da alteração. O diagnóstico da doença é feito através de exames, durante a consulta de rotina, ou quando a pessoa já apresenta os sintomas e procura um médico. Por isso a visita regular ao oftalmologista é importante, pois podemos detectá-la logo no início, aumentando as chances de tratamento e recuperação da visão”, destaca.
O cross-linking Iroc de 10 minutos é um dos procedimentos mais recentes no mercado e tem revolucionado o tratamento de ceratocone e ectasia de córnea. “O procedimento é rápido e indolor, com utilização de anestesia utópica. Como resultados, temos a recuperação mais rápida do epitélio e melhora da acuidade visual. Porém é importante salientar que este tratamento é indicado para quem tem boa qualidade refrativa, quando a doença ainda não avançou para quadros mais graves; nos demais casos, o transplante de córnea ou implantação de anel intraestromal são mais indicados”, completa.
Visite regularmente seu oftalmologista e faça os exames de rotina, visando proteger e cuidar da sua saúde ocular.
Por Daniela Martins