A Doença de Alzheimer



A doença de Alzheimer acomete inicialmente a parte do cérebro que controla a memória, o raciocínio e a linguagem, porém, pode atingir inicialmente outras regiões do cérebro, comprometendo assim outras funções.

A causa da doença de Alzheimer é desconhecida e não existe no momento nenhuma medicação curativa, apenas algumas drogas que atuam no cérebro tentando bloquear sua evolução, podendo em alguns casos, manter o quadro clínico estabilizado por um tempo maior.
Todos os grupos da sociedade podem ser atingidos pela doença de Alzheimer, não tendo influência a classe social, sexo, grupos étnicos ou localização geográfica. A doença de Alzheimer é mais comum em pessoas idosas, porém, pessoas jovens podem ser afetadas também.

Nem todos os portadores da doença de Alzheimer terão os mesmos sintomas, porém, há a determinação de estágios ou fases para servir como guia para verificar a progressividade da doença e ajudar os familiares e cuidadores, permitindo assim, um planejamento das necessidades futuras.

Estágio Inicial: é um estágio incorretamente considerado como “normal do envelhecimento”, onde a pessoa pode apresentar dificuldades com linguagem, desorientação de tempo e espaço, dificuldade de tomar decisões e para lembrar fatos recentes, perda de iniciativa e motivação, sinais de depressão, perda de interesse nos hobbies e outras atividades.

Estágio Intermediário: os problemas se tornam mais evidentes, sendo que o portador de doença de Alzheimer tem dificuldades com atividades do dia-a-dia, além de esquecimentos de fatos recentes e nomes das pessoas, dificuldade de administrar casa ou negócios, passa a necessitar de assistência na higiene pessoal, dificuldade de comunicação verbal, passa a andar sem parar e a ter alterações do humor, tais como: agitação, agressividade (física ou verbal), delírios, apatia, depressão, ansiedade e desinibição (despir-se em público, por ex.).

Estágio Avançado: fase de dependência severa, com distúrbios de memória mais acentuados e aspecto físico da doença aparente, onde o portador da doença de Alzheimer pode apresentar dificuldade para alimentar-se sozinho, pode não reconhecer familiares, amigos e objetos familiares, dificuldade de locomoção, incontinência urinária e fecal, comportamentos inadequados em público, agressividade e agitação.

Como cuidar do portador de doença de Alzheimer: dicas para familiares e cuidadores

  • Estabeleça rotinas e continue tratando-o da mesma forma como o tratava antes da doença;
  • Incentive a independência, ou seja, faça com ele e não por ele;
  • Ajude o portador a manter sua dignidade;
  • Evite confrontos, ou seja, evite chamar a atenção do mesmo e mantenha a calma para não piorar a situação;
  • Faça perguntas simples com a finalidade de ouvir respostas “sim” ou “não”;
  • Mantenha seu senso de humor e ria com ele e não dele;
  • Torne a casa segura, evitando tapetes, móveis com quina, escadas, piscinas, entre outros;
  • Encoraje o exercício e a saúde física;

Cuidar de um portador de doença de Alzheimer pode ser difícil em alguns momentos, e requer principalmente amor e solidariedade, portanto, seja paciente e tenha muita dedicação, pois nunca se sabe o que o futuro pode trazer.


Lilian Buniak
Psicóloga – CRP: 06/66948
Clínica de Psicologia
Rua Pará, 1312 – Centro – Catanduva/SP

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